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SMILE! YOU´RE IN INDIA

How India inspired me to create Sofia Butlerish


Como é que a Índia me inspirou para criar o Sofia Butlerish.



Algo que quero partilhar neste dia 1 de Maio, é a minha viagem à Índia, sozinha, durante um mês e como isto me inspirou para a realização do Sofia Butlerish.


A Índia sempre foi o país que estava no meu consciente e subconsciente como sendo a minha viagem de sonho. E na realidade foi mais que isso.


Para além de ter ido sozinha, ia com uma angústia no meu peito, com a cabeça a mil e com as lágrimas nos olhos.

Sabia que o tinha que fazer e melhor que isso, era como se de um chamamento se tratasse ou que algo me estava a puxar.


Mesmo antes de ter ido para a Índia, já pensava no "Sofia Butlerish", mas não conseguia realizar nada se não estivesse bem comigo própria e se não fizesse uma paragem na minha vida. No meu intuito, a partir de um certo momento, tinha que fazer aquilo que mais gostava. Foi então que no dia 9 de Janeiro de 2020 embarquei numa viagem sozinha de um mês pela Índia.

Foi a primeira vez que viajei totalmente sozinha, (os que me conhecem sabem, que em outros países, tive algumas aventuras sozinha, quando trabalhava na Crystal Cruises, e aventurava-me a ir à descoberta sempre que podia e isso deu, em algumas peripécias).


Isto para dizer que o meu receio em viajar sozinha não era grande ( existe sempre uma ponta de receio, claro !), mas como já tinha tido contato com situações menos confortáveis no estrangeiro e soube desenrascar-me, então porque não? No entanto, nunca se sabe e fui com cautela, mas sempre com o espírito livre e sabia que o imprevisível podia acontecer. Reservei tudo sozinha para os primeiros 18 dias no "ashram, retiro" em Rishikesh e depois de lá chegar, iria planear os restantes 12 dias.

A primeira situação quando entrei no metro de New Delhi e me sentei foi: duas raparigas indianas do banco da frente olhavam para mim do vidro da janela, que fazia espelho, e uma delas começou a sorrir, eu retornei, mas a minha expresão deve ter mudado, porque ela insistia e fez o gesto com a mão para abrir o sorriso e disse: SMILE! YOU´RE IN INDIA! E este foi o meu WELCOME TO INDIA.





O primeiro impacto foi de muita confusão porque saí em New Delhi e queria apanhar um autocarro para Rishikesh. Acontece que meti-me no primeiro autocarro que apareceu, uma viagem que poderia ser de 5 horas, foi de 10 horas e estava muito frio. Não tinha ido preparada para o frio, e o autocarro não tinha ar condicionado, ( se tivesse ouvido a minha mãe, tinha levado casaco. As mães têm sempre razão!) ;)

Mas ali estava eu, na Índia, dentro de um autocarro cheio de indianos, não me lembro de ver um turista, as ruas estavam cheias, era fim do dia e o trânsito era imenso ( pessoas, carros, tuk tuk, vacas) tudo misturado, imenso barulho de buzinas. Conheci logo uma rapariga que se sentou ao meu lado, que vinha do trabalho e retornava a casa para o fim-de-semana, sempre muito simpática. As pessoas lá fora, aqueciam-se, nas fogueiras que faziam e estavam ali a noite toda a conversar, a ver as pessoas passar. A lua estava cheia e o fumo no ar era visível, de toda a poluição. Cheguei ao " ashram" pelas 2h00 da manhã. Bem e assim começou a minha aventura.










Depois de Rishikesh fui para Jaipur de comboio ( o comboio era algo que queria experimentar na Índia e foi tranquilo, fiz a viagem de noite e até dormi confortavelmente ).



Passei 7 dias em Jaipur e finalizei a minha viagem em Agra.






A realidade é que me senti completamente em casa. Aquela azáfama nas ruas fez tanto sentido para mim, mesmo naquele caos existe uma ordem das coisas.

As pessoas são acolhedoras, amáveis e têm tanto para nos ensinar. A comida é divinal.













































Cheguei a fazer vários passeios a pé sozinha (fui perseguida uma vez por um indiano de mota), mas ele desapareceu e os outros dias foram tranquilos. Claro que era abordada na rua, não deixava de ser uma turista, principalmente pelos tuk tuk, mas é compreensível na medida em que eles estão a fazer o trabalho deles. Quando passeava por um parque assisti a um casamento e até dancei com a noiva que fez questão de me chamar para a roda da dança. Sim existem várias olhares, mas tudo depende da interpretação que fazemos e da compreensão que temos da realidade do país.












Quando viajamos sozinhas estamos mais predispostas a conhecer pessoas novas ou simplesmente a aproveitar o tempo da maneira que nos apetece.

Sozinha conheces os teus receios, encontras o teu caminho, a tua maneira, descobres de ti caixas por explorar, voltas à tua essência e percebes que uma viagem que era para ser sozinha, ao fim e ao cabo, estiveste todo o tempo acompanhada.












Agora penso na Índia sempre como uma casa, em que eu quero sempre voltar, porque sei que vou ser sempre recebida com um sorriso, vou ter sempre um abraço, vou ter sempre algo a aprender, vou estar sempre a evoluir. Quando saí do " ashram " passado 18 dias, senti-me como uma criança no primeiro dia de escola, em que os meus pais ( neste caso eram os professores do ashram) me acenavam e sorriam, ( enquanto o tuk tuk se afastava), como se fosse para um mundo diferente e eles tinham me dado colo, amor, protecção e agora estavam a despedir-se de mim com a esperança no olhar que eu fosse a melhor criança possível, dali para a frente.




É assim que nos devemos sentir quando estamos em casa. Tudo isto foi uma preparação para os dias de hoje, de quarentena, de isolamento. Abençoada por ter feito esta viagem na altura certa e no tempo certo. Inspirou - me para o meu dia-a-dia e obtive ferramentas para uma rotina mais consciente do momento presente. E que o mais importante mesmo é, fazer aquilo que mais gostamos. Consegui obter o foco necessário para iniciar o " Sofia Butlerish".

Apesar de ainda ser um bebé, e estarmos nestes tempos, tenho a certeza que tudo se vai encaixar e melhores tempos virão, e que o turismo se vai reerguer e reinventar. E será ainda melhor.


Com Amor


Sofia Butlerish









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